quinta-feira, 19 de março de 2009

MÔNICA E EDUARDO

O falecido Renato Russo era, sem dúvida, um ótimo músico e um excelente letrista. Escreveu verdadeiras obras de arte cheias de originalidade e sentimento. Como artista engajado que era, defendia os pontos de vista nos quais acreditava em suas letras. E por isto mesmo, talvez alguns deles excedam a lógica e o bom senso. Como no caso da música "Eduardo e Monica", do álbum "Dois" da Legião Urbana, de 1986, onde a figura masculina (Eduardo) é tratada sempre como alienada e inconsciente enquanto a feminina (Monica) é a portadora de uma sabedoria e um estilo de vida evoluidíssimos.

Analisemos o que diz a letra. Logo na segunda estrofe, o autor insinua que Eduardo seja preguiçoso e indolente (Eduardo abriu os olhos mas não quis se levantar: Ficou deitado e viu que horas eram) ao mesmo tempo em que tenta dar uma imagem forte e charmosa à Monica (enquanto Monica tomava um conhaque, Noutro canto da cidade, Como eles disseram.). Ora, se esta cena tiver se passado de manhã como é provável, Eduardo só estaria fazendo sua obrigação: acordar. Já, Mônica, revelaria-se uma cachaceira profissional, pois virar um conhaque antes do almoço é só para quem conhece muito bem o ofício.

Mais à frente, vemos Russo desenhar injustamente a personalidade de Eduardo de maneira frágil e imatura (Festa estranha, com gente esquisita). Bom, "Festa estranha" significa uma reunião de porra-loucas atrás de qualquer bagulho para poderem fugir da realidade com a desculpa esfarrapada que são contra o sistema. "Gente esquisita" é basicamente, um bando de sujeitinhos que tem o hábito gozado de dar a bunda após cinco minutos de conversa. Também são as garotas mais horrorosas da Via-Láctea. Enfim, esta a tal "festa legal" em que Eduardo estava. O que mais ele podia fazer? Teve que encher a cara para poder suportar aquele pesadelo, como veremos a seguir.

Assim temos: (-Eu não estou legal Não agüento mais birita.) Percebe-se que o jovem Eduardo não está familiarizado com a rotina traiçoeira do álcool. É ainda um garoto puro e inocente, com a mente e o corpo sadios. Bem ao contrário de Mônica, uma notória bêbada sem vergonha do underground.

Adiante, ficamos conhecendo o momento em que os dois protagonistas se encontraram (E a Monica riu e quis saber um pouco mais sobre o boyzinho que tentava impressionar). Vamos por partes: em "E a Monica riu", nota-se uma atitude de pseudo-superioridade desumana de Monica para com Eduardo. Ela ri de um bêbado inexperiente! A diante, é bom esclarecer o que o autor preferiu maquiar. Onde se lê "quis saber um pouco mais" leia-se "quis dar para"! É inaceitável tentar passar uma imagem sofisticada da tal Monica. A verdade é que ela se sentiu bastante atraída pelo "boyzinho que tentava impressionar"! Há um certo preconceito em se referir ao singelo Eduardo como "boyzinho". Não é verdade. Caso fosse realmente um playboy, ele não teria ido se encontrar com Monica de bicicleta, como consta na quarta estrofe (Se encontraram então no parque da cidade. A Monica de moto e o Eduardo de camelo.) Se alguém aí age como boy, esta seria Monica, que vai ao encontro pilotando uma ameaçadora motocicleta. Como é sabido, aos dezesseis anos (Ela era de Leão e ele tinha dezesseis.) todo boyzinho já costuma roubar o carro do pai, principalmente para impressionar uma maria-gasolina como Monica. E tem mais: se Eduardo fosse mesmo um playboy, teria penetrado com sua galera na tal festa, quebraria tudo e ia encher de porrada o esquisitão mais fraquinho de todos na frente de todo mundo, valeu?

Na ocasião de seu primeiro encontro, vemos Monica impor suas preferências, uma constante durante toda a letra, em oposição a humilde proposta do afável Eduardo (O Eduardo sugeriu uma lanchonete Mas a Monica queria ver o filme do Godard.). Atitude esta, nada democrática para quem se julga uma liberal. Na verdade, Monica é o que convencionou chamar de P.l.M.B.A. (Pseudo lntelectual Metida à Besta Associado, ou seja, intelectuerdas, alternativos e esquisitões vestidos de preto em geral), que acham todo filme americano é ruim e o que é bom mesmo é filme europeu, de preferência francês, preto e branco, arrastado pra caralho, e com bastantes cenas de baitolagem.

Em seguida, Russo utiliza o eufemismo "menina" para se referir suavemente à Monica. (O Eduardo achou estranho e melhor não comentar Mas a menina tinha tinta no cabelo.). Menina? Pudim de cachaça seria mais adequado. À pouco vimos Monica virar um Dreher na goela logo no café da manhã e ele ainda a chama de menina? Além disto, se Monica pinta o cabelo é porque é uma balzaca querendo fisgar um garotão viril ou porque é uma baranga safada impregnada de luxúria.

O autor insiste em retratar Monica como uma gênia sem par (Ela fazia Medicina e falava alemão) e Eduardo como um idiota retardado (E ele ainda nas aulinhas de inglês.). Note a comparação de intelecto entre o casal: ela domina o idioma germânico, sabidamente de difícil aprendizado, já tendo superado o vestibular altamente concorrido para medicina. Ele, miseravelmente, tem que tomar aulas para poder balbuciar "iéis", "nou" e "mai neime is Eduardo"! Incomoda a forma como são usadas as palavras "ainda" e "aulinhas", para refletir idéias de atraso intelectual e coisa sem valor, respectivamente. Coitado do Eduardo, é um jumento mesmo...

Na seqüência, ficamos a par das opções culturais dos dois (Ela gostava do Bandeira e do Bauhaus, De Van Gogh e dos Mutantes, De Caetano e de Rimbaud). Temos nesta lista um desfile de ícones dos P.l.M.B.A.s, muito usados por quem acha que pertence a uma falsa elite cultural. Por exemplo, é tamanha uma pretensa intimidade com o poeta Manuel de Souza Carneiro Bandeira Filho, que usou-se a expressão "do Bandeira". Francamente, "Bandeira" é aquele juiz que fica apitando impedimento na lateral do campo. A saber: o sujeito mais normal dessa moçada aí, cortou a orelha fora por causa de uma sirigaita qualquer. Já viu o nível, né? Só porra-louca de primeira.

Mais uma vez insinua-se que Eduardo seja um imbecil acéfalo (E o Eduardo gostava de novela) e crianção (e jogava futebol de botão com seu avô.). A bem da verdade, Eduardo é um exemplo. Que adolescente de hoje costuma dar atenção a um idoso? Ele poderia estar jogando videogame com garotos de sua idade ou tentando espiar a empregada tomar banho pelo buraco da fechadura, mas não. Preferia a companhia do avô em um prosaico jogo de botões! É de tocar o coração! E como esse gesto magnânimo foi usado na letra? Foi só para passar a imagem de Eduardo como um paspalho energúmeno. É óbvio, para o autor, o homem não sabe de nada. Mulher, sim, é maturidade pura!

Continuando, temos (Ela falava coisas sobre o Planalto Central, Também magia e meditação.). Falava merda, isto sim! Nesses assuntos esotéricos é onde se escondem os maiores picaretas do mundo. Qualquer chimpanzé lobotomizado pode grunhir qualquer absurdo que ninguém vai contestar. Por que? Porque não se pode provar absolutamente nada. Vale tudo! É o samba do crioulo doido. E quem foi cair nessa conversa mole jogada por Monica? Eduardo, é claro, o bem intencionado de plantão. E ainda temos mais um achincalhe ao garoto (E o Eduardo ainda estava no esquema "escola-cinema-clube-televisão".). O que o sr. Russo queria? Que o esquema fosse "bar da esquina - terreiro de macumba - roda de capoeira - delegacia" ? E qual é o problema de se ir a escola, caralho?

Em seguida, já se nota que Eduardo está dominado pela cultura imposta por Mônica (Eduardo e Monica fizeram natação, fotografia, Teatro e artesanato e foram viajar.). Por ordem: 1) Teatro e artesanato não costumam pagar muito imposto. 2) Teatro e artesanato não são lá as coisas mais úteis do mundo. 3) Natação e fotografia? Porque os dois não foram estudar para o concurso do Banco do Brasil? Vagabundos...

Agora temos os versos mais cretinos de toda a letra (a Monica explicava p\'ro Eduardo Coisas sobre o céu, a terra, a água e o ar:). Mais uma vez, aquela lengalenga esotérica que não leva a lugar nenhum. Vejamos: a Monica trabalha na previsão do tempo? Não. Monica é geóloga? Não. Monica é professora de química? Não. Monica é alguma aviadora? Também não. Então o que diabos uma motoqueira transviada pode ensinar sobre céu, terra, água e mar que uma muriçoca não saiba? Novamente, Eduardo é tratado como um debilóide pueril capaz de comprar alegremente a torre Eiffel, após ser convencido deste grande negócio pelo caô mais furado do mundo. Santa inocência...

Ainda em, (Ele aprendeu a beber,), não precisa ser muito esperto para sacar com quem... é claro, com Monica, a campeã do alambique! Eduardo poderia ter aprendido coisas mais úteis como o código Morse ou as capitais da Europa, mas não. Acharam melhor ensinar para o rapaz como encher a cara de pinga. Muito bem, Monica! Grande contribuição! Depois temos (deixou o cabelo crescer). Pobre Eduardo! Àquela altura, estava crente que deixar crescer o cabelo o diferenciaria dos outros na sociedade. lsso sim é que é ativismo pessoal. Já dá pra ver aí o estrago causado por Monica na cabeça do iludido Eduardo.

Sempre à frente em tudo, Monica se forma quando Eduardo, o eterno micróbio, consegue entrar na universidade (E ela se formou no mesmo mês Em que ele passou no vestibular.). Por esse ritmo, quando Eduardo conseguir o diploma, Monica deverá estar ganhando o seu oitavo prêmio Nobel. Outra prova da parcialidade do autor está em (porque o filhinho do Eduardo \'tá de recuperação.). É interessante notar que é o filho do Eduardo e não de Monica, que ficou de segunda época. Em suma, puxou ao pai e é burro que nem uma porta.

O que realmente impressiona nesta letra é a presença constante de um sexismo estereotipado. O homem é retratado como sendo um simplório alienado que só é salvo de uma vida medíocre e previsível graças a uma mulher naturalmente evoluída e oriunda de uma cultura alternativa redentora. Nesta visão está incutida a idéia absurda de que o feminino é superior e o masculino, inferior. É sabido que em todas culturas e povos existentes, o homem sempre oprimiu a mulher. Porém isso não significa, em hipótese alguma, que estas sejam superiores do que os homens. São apenas diferentes. Se desde o começo dos tempos o sexo feminino fosse o dominador e o masculino o subjugado, vários erros também teriam sido cometidos de uma maneira ou de outra. Por que ? Ora, por que tanto homens, mulheres e colunistas sociais fazem parte da famigerada raça humana. E, como se sabe muito bem, é aí que sempre morou o perigo. Não importa quem seja: Monica ou Eduardo!

Adolar Gangorra tem 71 anos, é editor do periódico humorístico Os Reis da Gambiarra e não perde um show sequer dos "The Fevers" e do "Benito de Paula Cover".

26 comentários:

M. Ulisses Adirt disse...

Este texto que me fez conhecer vc, Adolar. Mas, para mim, seu clássico é o do Los Hermanos.

Patrick disse...

Po, foram alteradas partes chave do texto. Primeiro, trocaram "sauna gay" por "roda de capoeira". Segundo, aquela parte do "3o) ah, quer saber? artesanato e teatro é coisa de viado!", era muito engraçada. É triste ver a censura travestida de combate ao preconceito.

Anônimo disse...

Muito boa a análise, no entanto a minha música preferida da Legião é "Faroeste Caboclo". fica aí o desafio para um futuro "estudo" dessa música.

LEO disse...

Que visão rala!
Só para citar um exemplar equívoco:
Onde está escrito que o Eduardo acordou de manhã? Ele pode muito bem ter acordado com o "boa noite" do William Bonner, e a pobre Mônica estar se aquecendo com um inocente conhaque numa noite fria e seca do Planalto Central.
E por aí vai, eu poderia destrinchar toda a letra colocando a Mônica como toupeira e o Eduardo o maior descolado da paróquia.
Bobagem!

Unknown disse...

Achei a analise totalmente ridicula, uma analise de alguem que nao entendeu a musica e viu como quis. O sr tem algum problemas com mulheres? etem uma visao muito preconceituosa, falando que por que uma menina pinta o cabelo ou bebe um conhaque, eh uma vagabunda que só quer dar a bunda. Ridiculo estude a musica antes de querer analisa-la. Se Renato Russo tivesse vivo ele iria achar uma ofensa essa analise.

Wanessa Soares Trindade disse...

Então quer dizer que a mulher em qualquer situação não pode ser melhor que o homem,ela tem que ser sempre superior..Acho que foi uma analise engraçada porém extremamente preconceituosa.Hoje em dia as mulheres tentam salvar o mundo que um dia os homens sabichões destruiram...

Unknown disse...

Perfeito Adolar!
Está de parabéns!!!

Daninha disse...

Ahahahah!!

Um texto muito divertido e, ao meu ver, tudo o que você quer Adolar é sempre ser chamado de filho da puta mesmo.
Quanto a análise! Todo mundo pode fazer uma. Essa é a sua. Paciência! Mas parabéns mesmo assim pela criatividade.

Thiago Paiva disse...

A prova do brilhantismo deste texto é a ira dos pseudo-intelecuais que estão levando a sério. Eles só dão mais razão ainda para o Adolar Gangorra. Parabéns!

Unknown disse...

Oi Adolar,

Li este seu texto sobre Eduardo e Mônica faz uns 10 anos. Continuo achando muito muito muito criativo.

Mas engraçado como a nossa visão muda. Inclusive, se você o tivesse escrito hoje, provavelmente seu conteúdo fosse diferente.

Talvez menos homofóbico que a primeira versão.

Realmente, não há por que rir com comentários que ridicularizam o sexo, a cor, a religião ou orientação sexual de outra pessoa. E, se há 10 anos isto foi engraçado, "Casseta e Planeta" já fez o favor de tornar isto pra lá de explorado.

De qualquer forma, parabéns por sua obra.

Marcelo Mille.

Pablo Martins disse...

Alguém acha mesmo que ele queria ser levado tão a sério? Ô povo inocente hahaha!
Quanto mais "cavuco" este blog, mais feliz fico :D

Hasta

História em filme disse...

AHAHAHA Excelente, genial. E não se importe com comentários sem senso de humor, o grande barato de ser irônico é que quase ninguém compreende.

Pedro disse...

A versão original era muito melhor.

Depois que você foi abduzido pela gang do politicamente correto o texto deu uma piorada.

Sorte que conservo ainda o original

Unknown disse...

Olá... Bom, pelo visto você não viu o que estava na cara: Mônica é um bocado mais velha que Eduardo. Mas achei engraçado a sua interpretação da música. xDD

Juan Cora disse...

Engraçado mesmo é ver as respostas dos pseudo-babacas de plantão! Sempre dispostos a derramar doses de verdade universal, da qual são donos absolutos, a ponto de se acharem no direito de elaborar perfeitas lições de moral, onde fica claro o que é certo e o que é errado, para todo o sempre! Sorte a nossa, que com isso podemos enriquecer a nossa cultura e conhecimento da realidade!
Como bem já disseram, a ironia tem desses gostinhos, e essa é a melhor parte...!
Recomendação esotérica: enema intelectual!

Excelente texto!

Godinho disse...

Ai ai ai...
Para a galera que criticou, isso é uma P-I-A-D-A.
Não é uma análise, pelamor... É um texto irônico, pra fazer rir.
Eu também li esse texto 10 anos atrás e nunca me ocorreu que alguém podia levar a sério.

Debora disse...

Fiquei com muita raiva no começo... mas depois que continuei lendo, e você conseguiu arrancar gargalhadas, comecei a entender tudo... Mas pra sua informação: AS MULHERES SÃO SUPERIORES MEEEEESMO!!!!

Debora disse...

Ah! Quando comecei a ler estava fazendo um texto paralelo contestando TUDO. Quando comecei a gargalhar perdeu o sentido...

nona tai disse...

Foi boa a análise, mas, atenção no momento que você passa a desqualificar os personagens.
Agradeço a análise, vai me favorecer em uma apresentação amanhã.

Fábio Guimarães disse...

O mais impressionante é que tem gente levando isso a sério! Meu Deus, só podem ser os P.I.M.B.A´s!

Sensacional o texto, me diverti bastante. Parabéns!

Mesmo sendo das minhas bandas favoritas, adorei o texto sobre os Loser Manos.

Ilson Figueira disse...

Esse texto é simplesmente sensacional! Tenho a versão original guardada há 10 anos, que por não estar sensurada é muito melhor. Adorava a parte que dizia em relação aos PIMBAS que tinha um sujeito que rimava tieta com eta e tinha gente que ainda chamava de gênio.
Curioso muita gente levar o texto a sério e não entender que é uma piada. Tenho certeza que Renato Russo iria adorar.

arquitetura lacerda disse...

Ola Adolar...uso, sem sua permissão, esta análise de Eduardo e Mônica em minhas aulas de Ética e fazem o maior sucesso...falo de INTERPRETAÇÃO. De como as coisas podem ser sempre de outro jeito...eu tive a pasta de aula roubada e perdi seu texto e agora o encontrei na internet...santa e inútil internet.... abraço e aviso que vou continuar usando, mas se preocupe...sempre falo a referência e agora com citação da internet.

Unknown disse...

Há 30 anos está música foi lançada. Há 7 anos foi feita está postagem. Só tive a oportunidade de ler agora. Muito bem humorada esta análise. Mas será mesmo que Mônica é tão ruim? Concordo com um cometário que foi feito, o seguinte no caso: "Onde está escrito que o Eduardo acordou de manhã? Ele pode muito bem ter acordado com o "boa noite" do William Bonner, e a pobre Mônica estar se aquecendo com um inocente conhaque numa noite fria e seca do Planalto Central.
E por aí vai, eu poderia destrinchar toda a letra colocando a Mônica como toupeira e o Eduardo o maior descolado da paróquia."

Eu concordo principalmente, pois Eduardo, com seus 16 anos, provavelmente passou a madrugada inteira jogando vídeo-game e se esqueceu da hora, acabou dormindo enquanto a maioria das pessoas estava almoçando e acordou quando o "Bonner" dava seu famoso "Boa noite". Não gosto de ter uma visão concreta e colocar esta minha hipótese como verdade absoluta. Mas como não tenho mais Renato para me explicar, crio milhares destas suposições.
E outra, com a possível grande diferença de idade entre o Eduardo e a Mônica, é de se esperar estas atitudes diferentes. Mas principalmente por serem pessoas diferentes.

Não estou te acusando, muito pelo contrário, amo ter visões diferentes da minha e saber que não somos robôs com a mesma opinião. E talvez tenha um pouco, sim, de preconceito contra os homens nesta música, mas nos tempos atuais acho que seja uma música genial e penso que talvez tenha nascido na geração errada. Talvez eu seja uma Mônica ou uma Eduarda, mas sei que isto não faz diferença, no fim das contas somos todos iguais.

Parabéns.

Ana Cristina César (pseudo-nome)
13 anos

Unknown disse...

Cara, se esse testo argumentativo não foi retirado de um diálogo pessoal com o autor da obra acima retratada, creio que você subornou suas próprias formas de pensamento e se aprofundou tanto que esqueceu a maneira como o autor pensava. Concordo em algumas frases que você escreveu, porém, discordo da maneira em que você impõe o Eduardo a essa situação. Nem sempre a razão anda junto com a arte, e acredito que o autor realmente não transmitiu o Eduardo dessa forma ai.

Franco Pensador disse...

Concordo. O legal do texto era a fuga do politicamente correto. Um absurdo adulterarem o original sem avisar o leitor.

Marco Mugnatto disse...

Desculpa, mas parei em "Há um certo preconceito em se referir ao singelo Eduardo como 'boyzinho'". Pra mim é extremamente óbvio que o tal "boyzinho" é uma terceira pessoa. A Mônica no caso tava esnobando o Eduardo, querendo deixá-lo com ciúme, sem interesse real no "boyzinho" que estava ali do lado deles. De modo que perdi a confiança no analista. Me pareceu querer forçar uma visão politizada sobre a música (pulei para a parte final da análise e vi que a conclusão tirada é de que a música é "sexista", forçação que não me surpreendeu)

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