segunda-feira, 31 de outubro de 2011

O PERIGO DAS CANTIGAS DE RODA!


O PERIGO DAS CANTIGAS DE RODA!

Os pais de hoje em dia vivem reclamando da violência a que seus filhos são expostos na mídia. E com toneladas de razão. Há uma série de abominações inomináveis em videogames, programas de TV, internet, filmes, paredes de banheiros públicos e na constituição brasileira (sendo as últimas duas a mesma coisa).

        Esses mesmos genitores sonham que seus filhos larguem aquele joguinho eletrônico sanguinolento para brincarem livres nas ruas. Entretanto, não se lembram que lá suas crianças irão entrar em contato com a ameaça mais perversa de todas. Um tipo de violência maior e mais escabrosa que está presente nas famosas e aparentemente inocentes cantigas de roda. Sim, amigos! Há gerações essas cançõezinhas contaminam nossos filhos com mensagens explícitas de uma violência medieval. A letras incutem na garotada crueldade, tragédias, bullying, desilusão, tristeza, comprazimento da desgraça alheia, etc. Também violência física e emocional e, basicamente, só contam histórias de tragédias sem sentido e sem nenhuma sensibilidade. E os pais ainda acham tudo lindo e saudável. Que equívoco mais miserável esse...

        Tudo isso acompanhado geralmente de coreografias circulares, a famosa brincadeira inútil de ficar girando sem parar, o que, convenhamos, não passa de uma idiotice sem tamanho. As crianças (ou adultos debiloides...) dão as mãos e cantam essas melodias simples, tonais, com âmbito geralmente de uma oitava, sem modulações e tão arrastadas e deprimentes que fazem a Marcha Fúnebre parecer um hit do Black Eyed Peas.

         O fato é que essas músicas, infelizmente, fazem parte do folclore brasileiro. De origem europeia, incorporaram elementos indígenas e africanos, além das brutais culturas portuguesa e espanhola. Assim sendo, não poderiam dar em outra coisa, senão em merda da grossa, né?

        Entre as cantigas mais conhecidas, estão títulos constrangedores e bizarros, como “Escravos de Jó”, “O Cravo e a Rosa”, “Ciranda, Cirandinha” e “Atirei o Pau no Gato”.

        Comecemos pela mais famosa e infame de todas...

ATIREI O PAU NO GATO

Atirei o pau no gato, tô
Mas o gato, tô
Não morreu, reu, reu

Dona Chica, cá
‘Dmirou-se, se
Do berrô, do berrô
Que o gato deu
Miau!

        Sem dúvida, “Atirei” não passa de um clássico de brutalidade extrema e selvageria para com os animais.

       Já começa muito mal, com a confissão de uma tentativa de assassinato. O criminoso revela friamente a maldade que fez - tacou um pedação de pau na cara de um inocente gatinho de rua! Em primeira pessoa, o selvagem descreve tranquilamente o ato vil que cometeu: Atirei o pau no gato, tô. Puta que pariu! Que covardia do cacete! Isso é uma cantilena inocente ou o relato de uma tentativa de gaticídio com requintes de crueldade? Isso, por acaso, é conteúdo para brincadeira de criança?

        Temos nessa letra imunda a prova cabal que a ação descrita pode ser enquadrada em crime doloso. Ou seja, com a intenção premeditada de matar: Atirei o pau no gato, tô / MAS o gato não morreu. Aí, a satânica e maliciosa conjunção MAS revela o intuito macabro de assassinar o bichano, lamentando insensivelmente o fracasso da empreitada.

        O coitado do gato levou uma traulitada no meio da fuça e saiu moribundo, se arrastando por um beco sujo e cagando sangue. O bicho sofreu uma volumosa hemorragia interna e vagabundo acha isso uma coisa legal pras criancinhas cantarem alegres no meio da rua? Que exemplo mais desprezível para nossa juventude...

        E que porra a tal Dona Francisca, aí claramente cúmplice da tentativa de gatassinato, ainda se admira do BERRO que o felino soltou. Dona Chica, cá / ‘Dmirou-se, se / Do berrô, do berrô / Que o gato deu / Miaauuu!. Na verdade, a Dona Francisca é uma ignorante inconseqüente do caralho, pois se mostra surpresa com o urro de dor do coitado do felídeo. Ela acha o quê? Que o bicho leva uma ripada no meio do beiço e ainda tem que dizer baixinho: “Muito obrigado por vocês, criancinhas traquinas e levadas da breca, terem tentado me trucidar. Não doeu nada, sabiam?”. Dona Francisca, sua sacana insensível.

         Notem que não foi uma miadinha leve ou um gritinho de susto, não. Foi muito pior. Foi um BERRO! Na boa, velho, nunca vi gato berrar. Gato mia, pô! Quem berra é gente sendo torturada e o meu tio bêbado na ceia de Natal. Isso só revela a contundência da porretada quase mortal que o miau levou. Pelo grito, devem ter atirado uma trave de futebol nas costelas do bichano, que dobrou feito um canivete de
pelo. O pobre felino é simplesmente um sobrevivente heroico de uma tentativa de execução por motivos fúteis. Com essa paulada covarde gastou tranquilamente seis das sete vidas que ele tem.

        E, não obstante, para fazer galhofaria barata com o ato de selvageria com o pobre animal, temos um “eco” cretino nas últimas sílabas de cada estrofe: ô, ô, / eu, eu / se, se. E ainda puseram um "MIAU" muito escroto no final, caricaturando e fazendo uma graçola com o bramido lancinante do gatinho. Cacete, é muita sacanagem com o bicho...

       Mesmo sendo uma escabrosidade inaceitável, essa canção acabou ganhando recentemente uma versão politicamente correta germinada por algum imbecil caga-regra com o título “NÃO ATIRE o Pau no Gato”:
Não atire o pau no gato (tô) / Porque isso (ssô) / Não se faz (faz, faz) / O gatinho (nhô) / É nosso amigo (go) / Não devemos maltratar os animais / Miau!
        Convenhamos, essa nova a-versão é de uma estupidez e uma histeria muito maior do que a agressivíssima letra original...


CIRANDA, CIRANDINHA

Ciranda, cirandinha
Vamos todos cirandar
Vamos dar a meia volta
Volta e meia vamos dar

O anel que tu me destes
Era vidro e se quebrou
O amor que tu me tinhas
Era pouco e se acabou

Por isso Dona Rosa
Entre dentro desta roda
Diga um verso bem bonito
Diga adeus e vá se embora


        Muito confuso para as crianças. Primeiro, a música manda dar MEIA volta. Depois ordena o contrário? ZERO em didática, hein? Por que MEIA volta e não uma volta inteira? É claro que eu e você (espero...) entendemos que esse termo é uma expressão de linguagem, mas ninguém de cinco anos sabe isso!

        Também ninguém explica o que seja “cirandar”. Mas que “legal”, não? Os pequeninos não têm a menor obrigação de saber o que quer dizer “ciranda”, que, na verdade, é um substantivo feminino que designa uma cantiga de roda infantil, provavelmente de origem portuguesa. O termo ciranda aplica-se também à dança de roda para adultos (retardados), muito popular no Nordeste brasileiro. Ou ainda pode significar aquele que vem de Cirene, na África antiga, ou até mesmo o termo "peneira", também conhecido como "joeira", que é um plano inclinado de madeira com fundo de ralo para limpar areia e cal do cascalho que traz junto. Ufa! Tenho eu que fazer aqui o que esses vagabundos se omitiram de explicitar ao criarem essa letra fere
incognoscível e mal-ajambrada do cacete.

        Depois temos: O anel que tu me deste / Era vidro e se quebrou / O amor que tu me tinhas / Era pouco e se acabou. Essa canção insensível incute nos infantes a tristeza e a desilusão amorosa exclusiva da vida dos ADULTOS... O amor que tu me tinhas / Era pouco e se acabou. Parece ser um conceito deveras complicado sobre um amor finito para a gurizada ficar repetindo lobotomicamente no meio da rua, não? Mais inadequado para os pequenos, impossível. É muita desilusão e mágoa para os inocentes petizes terem que lidar... Na boa, essas cantigas deveriam ter classificação indicativa também.

        “Anel de VIDRO”??? Essa cantiguinha bisonha ensina tudo errado! Pô, qualquer idiota sabe que anel é de metal. MAS É LÓGICO que a porra de uma argola de vidro vai quebrar. E ainda fazem um dramalhão do caralho por causa de um objeto que foi feito burramente para se esmigalhar. Francamente... letra mais cretina do cacete...


CAI, CAI, BALÃO

Cai, cai balão, cai, cai, balão
Aqui na minha mão
Não vou lá, não vou lá, não vou lá
Tenho medo de apanhar!

Cai, cai, balão, cai, cai, balão
Na rua do sabão
Não cai não, não cai não, não cai não
Cai aqui na minha mão!


        Outra historieta reles e desgraçada. Começa com um pedido, no mínimo estúpido, pra um balão cair na mão da própria pessoa. Como todo mundo sabe (menos o intelectualmente desafiado que escreveu esses versos absurdos...), balões, em geral, carregam FOGO em seu bojo. Mesmo assim, o demente quer que ele caia na MÃO dele! Idiota do cacete. Fazer o quê? Tem energúmeno pra tudo nesse mundo. Essa canção escabrosa estimula o criminoso uso de balões entre os pueris. O próprio título já é um pedido para que uma tragédia aconteça.

         Depois temos: Não vou lá, não vou lá, não vou lá / Tenho medo de apanhar! Lá A-ON-DE? Na boa, esse é um dos versos mais doentes que existem... apanhar de quem, PORRA? Não faz sentido. Mais uma canção irresponsável que insere a fobia irracional desde cedo no universo psicológico infantil. Essa cantilena deplorável é a trilha sonora perfeita para a Síndrome do Pânico.

        E, por último, convenhamos: “Rua do SABÃO” é um nome muito do escroto. Deve ser um lugar horroroso que faz a Vila do Chavez parecer alto astral...


PAI FRANCISCO

Pai Francisco entrou na roda
Tocando o seu violão
Bi-rim-bim-bão, bão, bão, bi-rim-bim-bão, bão, bão!

Vem de lá Seu Delegado
E Pai Francisco foi pra prisão.
Como ele vem todo requebrado
Parece um boneco desengonçado


          De longe, a cantiga mais deprimente e miserável de todas. É também um primor de abuso de autoridade, injustiça social, ignorância e também de “bi-rim-bim-bão, bão, bão” (ah, você achou que eu soubesse o que essa porra significa, né? Pois é... nem eu, nem ninguém, malandro...)

         Primeiro: quem é PAI Francisco? É um Pai de Santo? É um pai solteiro? Ele, por acaso, é o pai do autor da letra? Então, por que “PAI”? Que merda é essa? A música não explica absolutamente nada. Sabe-se somente que havia uma roda de vagabundos no meio da rua e que o Chiquinho quis entrar nela de idiota, pra tocar sua violinha fudida. Tava
a fim apenas se entrosar, fazer amigos, ser gente fina, talvez fumar um tchoize com os maloqueiros do lugar. Porém uma arbitrariedade horrorosa acontece: Vem de lá Seu Delegado / E Pai Francisco foi pra prisão. Que exemplo mais ameaçador e deprimente esse... Do nada, aparece um delegado ignorante que leva em cana o cara. O único crime que o pai parece ter cometido foi o de tocar mal seu violãozinho. É que para fazer “BI-RIM-BIM BÃO, BÃO, BÃO, BI-RIM-BIM BÃO, BÃO, BÃO”, o sujeito tem mesmo que ser um acéfalo sem talento. Ok, isso não é motivo para ele ir parar na cadeia, certo? Bom, talvez seja sim...

         E após perder sua liberdade por um motivo fútil, o tal Genitor Francisco é sacaneado selvagemente pelos
fdps que ficaram assistindo alegremente ao seu sofrimento: Como ele vem todo requebrado / Parece um boneco desengonçado. Coitado do Pai... se fudeu de verde e amarelo. “Parece um boneco desengonçado”... Nossa, é muita truculência para se apresentar aos pirralhos. Com cantigas absurdas como essa, criaremos uma legião de autômatos reptilianos no futuro.


A CANOA VIROU

A canoa virou
Pois deixaram ela virar
Foi por causa de Maria
Que não soube remar

Se eu fosse um peixinho
E soubesse nadar
Eu tirava Maria
Do fundo do mar

Siri pra cá,
Siri pra lá
Maria é bela
E quer casar


         Mais uma catástrofe funesta disfarçada de cantilena inocente. Tragédia, fofoca, delação e, provavelmente, injúria. Começa com um naufrágio com vítima fatal. Percebe-se logo o infortúnio ocorrido, pois a Maria se lascou toda. Morreu afogada e ainda foi acusada de causar o acidente náutico. Ou seja, a letra alardeia um desastre e, logo depois, uma acusação grave sobre a autoria da merda feita post mortem, sem direito à defesa. Na boa, isso não é coisa pra criança...

         Em seguida, temos mais uma cretinice imbecilizante nonsense: Se eu fosse um peixinho / E soubesse nadar / Eu tirava Maria / Do fundo do mar. MAS É ÓBVIO que todo peixe sabe nadar! Como assim “Se eu fosse um peixinho / E SOUBESSE NADAR” ??? E emenda: Eu tirava Maria / Do fundo do mar. Tirava porra nenhuma, porque tu acabou de admitir que tu é um peixe inútil que não sabe nem nadar. Tá falando merda, isso sim!

         Para finalizar, temos um despautério inaceitável sem absolutamente NENHUM sentido narrativo. No começo, afirma-se tragicamente que Maria morreu afogada: Siri pra cá, Siri pra lá / Maria é bela / E quer casar. Nã, nã, nã! Maria não quer casar mais não, moçada. Ela virou comida de peixe e quer, no máximo, ser enterrada decentemente. De bela, agora, não tem mais nada. E o que quiseram dizer com “Siri pra lá, siri pra cá”? A letra apresenta um detalhe escatológico de mau gosto supino. Como se sabe, siris são crustáceos necrófagos. Então, fica claro que eles devoraram freneticamente o cadáver de Maria, no “fundo do mar”, de “cá pra lá, de lá pra cá”. Sério, que asqueroso... Menino nenhum deveria ter contato com uma nojeira como essa...


O CRAVO E A ROSA

O cravo brigou com a rosa
Debaixo de uma sacada
O cravo saiu ferido
E a rosa despedaçada

O cravo ficou doente
E a rosa foi visitar
O cravo teve um desmaio
E a rosa pôs-se a chorar

A rosa fez serenata
O cravo foi espiar
E as flores fizeram festa
Porque eles vão se casar


        Essa é uma das mais revoltantes cantigas de roda já escritas! Conflito, violência e doença. É basicamente o lead de uma manchete desses
tabloides sanguinolentos que vemos nas bancas de jornais. Vamos lá: quem? O cravo. O que ele fez? Brigou com a rosa. Onde? Debaixo de uma sacada. Como aconteceu? O cravo saiu ferido / E a rosa, despedaçada. DES-PE-DA-ÇA-DA!!! Isso é coisa que criança tenha que ficar gritando no meio da rua? É muita violência doméstica. O cara trucidou a própria companheira, malandro! É o novo Crime da Mala do mundo das flores.

         Após essa série de tribulações hemorrágicas, temos mais um rol de calamidades que fariam qualquer autor de novela mexicana morrer deprimido: O cravo ficou doente / E a rosa foi visitar (sic). O certo seria “visitá-LO”. Erro grosseiro de Português apresentado para os infantis. Que vergonha... Depois, segue-se O cravo teve um desmaio / E a rosa pôs-se a chorar. Peraí: o marginal do cravo quase matou a coitada da rosa de porrada e depois DESMAIOU??? Como assim? Só pode ser bicha, então.

 
SAMBA LELÊ

Samba Lelê tá doente
Está com a cabeça quebrada
Samba Lelê precisava
De umas dezoito lambadas

Samba, samba, samba, ô Lelê
Pisa na barra da saia ô lá, lá
Pisa na barra da saia ô lá, lá
Ó morena bonita


        Outra narrativa macabra que relata a fria tentativa de assassinato de uma enferma indefesa, da forma mais cruel, pusilânime e covarde possível. Vejamos: quem é “Samba Lelê”? E que nome escroto é esse, “LE-LÊ”?
A primeira estrofe dessa canção odiosa já nos comunica uma miséria: que a tal Lelê está doente. Muito “adequado” para os pequeninos, sem dúvida... Em seguida, temos a extensão gore da história: Tá com a cabeça QUEBRADA. Deixem-me explicar uma coisa: Lelezona não tá doente coisa nenhuma. Ela tá na MORRENDO, isso sim! Essa trova imunda só revela a ignorância do populacho brasileiro. Cabeça quebrada = doença! Ah, tá ok então...

          Aí, algum “gênio” ainda sugere: Samba Lelê precisava / De umas dezoito lambadas. Que sádico abjeto! Depois de constatarem que a muchacha tá agonizando com o crânio rachado, algum marginal vota animadamente para chicotearem o pobre coitada. Isso é maldade pura, minha gente! No ápice da barbárie, aconselham aplicar 18 LAMBADAS na fudida. QUÊ QUE É ISSO? Querem açoitar um quase cadáver indefeso? Que nojento... E por que 18 e não 15 ou 20? Esse é o número mágico das chicotadas? Era a quantidade que fazia a Escrava Isaura ficar quietinha? Caralho, é pra arrasar a cabeça das criancinhas mesmo...

         Por fim, temos uma continuação ridícula e sem sentido: Samba, samba, samba ô Lelê / Pisa na barra da saia, ô lá, lá / Pisa na barra da saia ô lá, lá / Ó morena bonita. “Ó morena bonita”... What the fuck???


ESCRAVOS DE JÓ

Escravos de Jó
Jogavam caxangá
Tira, bota
Deixa o Zé Pereira ficar

Guerreiros com guerreiros
Fazem zigue, zigue, zá
Guerreiros com guerreiros
Fazem zigue, zigue, zá

        Mais uma musiquinha bisonha, detestável e, acima de tudo, confusa.
        Numa rápida pesquisa sobre o obscuro termo “caxangá”, temos:

1 - Um determinado chapéu militar.

2 - Um
tipo de crustáceo.

3 - Bairro da cidade do Recife, Pernambuco.

4 - Nome da maior avenida em linha reta do Brasil.

5 - Nome de uma fazenda localizada na cidade de Ouro Branco, no Rio Grande do Norte (estado que fica no NORDESTE...), mais conhecida pelo ridículo termo de Sítio Jerimum.

6 - Um
nome escroto apenas.

         Por último: quem é ZÉ PEREIRA e ele quer ficar ONDE, velho? Ah, quer saber? Deixa pra lá...

         Infelizmente, temos muitas outras cantigas de roda famosas como "Fui no Tororó", "Marré de Si", “Sapo Cururu”, "Marcha Soldado”, que não passam de um corolário torpe e desditoso de descalabros sem sentido. Todas desfilam aberrações sociais e psicológicas e foram projetadas para meninos e meninas ficarem repetindo-as que nem um papagaio cocainômano. A verdade é que essas cantilenas deprimentes e violentas voltaram recentemente à moda porque se achou que era um “resgate da cultura brasileira”, essas merdas. Supostamente elas serviriam como um antídoto para os “perigos da modernidade”... Hahahaha, mais equivocado do que isso só o Felipão e seu 7 a 1. O perigo presente nessas toadas execráveis é muito maior do que qualquer internet da vida.

        Caros pais
pseudoconscientes: deixem seus filhos jogarem Call of Duty, GTA e Mortal Kombat nº 740 e assistirem a séries violentas como Dexter e The Walking Dead ou a bosta do Faustão (pensando bem... Faustão, não deixem não... é demais!). Garanto que eles sofrerão menos ameaças a suas psiques ainda em formação do que se ficarem na rua berrando - e internalizando - essas ladainhas aparentemente inocentes, que pregam atirar pedaços de paus em gatinhos. A não ser que seja pra fazer um churrasquinho delicioso ou um tamborim de primeira linha, é óbvio.


 Adolar Gangorra tem 78 anos, é editor do log http://adolargangorra.blogspot.com/, e quando criança ouviu falar nos nomes de brincadeiras de rua como “Queimada”, “Carniça”, “Polícia e Ladrão” e rapidamente preferiu ficar em casa e aprender a jogar xadrez.

57 comentários:

Bill Carson disse...

Isso foi um estudo.

Marcelo disse...

Como sempre, brilhante.

Joyce disse...

Ótimo!! Adorei!! Morri de rir em muitas partes, principalmente com a cantiga do "samba lelê" que estava com a cabeça quebrada na "morrendo UTI" e ainda levou dezoito chicotadas... e "pq não 15 ou 20?" "Será que era a quantidade que fazia a escrava Isaura ficar quietinha???" kkkkkkkkkkkk, mas que mesmo engraçado é uma verdade.Musicas trágicas que chamam infantis...Fala sério!!

Adrica Chaves disse...

Por alguma razão hj a música do samba lelê me veio à mente. Ai fiquei me perguntando o que é um samba-lelê. Depois prestei atenção na letra e achei bizarra. Almocei com amigos e a gnt ria muito com minha pseudo-revolta. Ai vim pesquisa e me deparei com um dos post mais engraçados que já lí na vida (só li a parte do samba-lelê).

Parabéns pelo humor

Unknown disse...

KKKKKKKKKKK,gostei,mais acho que vc esjagerou um pouco kkkkkkkkkkkkk

Sigma disse...

Passou da hora de fazer um ensopado com a Galinha Pintadinha. Pensei que era só eu que enxergava estas coisas.Que bom saber que não estou sozinho e que tem mais gente com bom senso neste mundo imbecil. Continue!!!

Unknown disse...

gênio kkkkk

Unknown disse...

Muito bom os comentarios.So a linguagem e pobre. Muitas palavras sujas e pesadas. Podia pegar mais leve. Quem le, tem que filtrar os palavroes, tipo:caralho, filho da puta, fudido e por ai vai.

Unknown disse...

Ridículo.

O mundo de... disse...

Hoje eu acordei com a música "Samba Lelê" na cabeça e resolvi pesquisar a respeito da música. Encontrei seu post e gostaria de agradece-lo... agradecer muito... mas muito mesmo... muito! Há tempos eu não dava tanta risada kkk
Isso tudo que vc discorreu é perda de tempo!

O mundo de... disse...

Hoje eu acordei com a música "Samba Lelê" na cabeça e resolvi pesquisar a respeito da música. Encontrei seu post e gostaria de agradece-lo... agradecer muito... mas muito mesmo... muito! Há tempos eu não dava tanta risada kkk
Isso tudo que vc discorreu é perda de tempo!

Unknown disse...
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Unknown disse...
Este comentário foi removido por um administrador do blog.
Rafael Aurore disse...

Muito bom! Parabéns! Nunca ri tanto em toda minha vida! Excelente texto, genial.

Maria Apª disse...

Esse artigo deveria ser inserido no currículo escolar, a fim de esclarecer professores primários que utilizam essas canções do mal com seus alunos! Parabéns ao autor! ��������������������

Unknown disse...

HAHAHAHA... Poucas vezes ri tanto de textos na internet. Espero realmente que você esteja sendo irônico kkkkkkk

diananaredevirtual@gmail.com disse...

Brilhante Parabéns nota 10

diananaredevirtual@gmail.com disse...

Brilhante Parabéns nota 10

Lene Maria disse...

Vc realmente deu seu ponto de vista em relação as cantigas, mais ridicularizou seu texto com palavrões, o que era mesmo q vc cantava quando criança?

Lene Maria disse...

Vc realmente deu seu ponto de vista em relação as cantigas, mais ridicularizou seu texto com palavrões, o que era mesmo q vc cantava quando criança?

Unknown disse...

Gostei muito, e tem coisas em que não consegui conter o riso. Porém, podem ter explicações bem mais consistentes a respeito do assunto, e os palavrões realmente estragam a texto.E por que o Pai Francisco andava se requebrando?

Unknown disse...

Tanto ódio junto!!!! É melhor tomar remédio! Não passou nem perto dos significados verdadeiros.

Unknown disse...

Perda de tempo. Tem coisas mais importantes na vida que ficar criticando musiquinha popular.Essas músicas fizeram parte da minha infância e isso nunca me traumatizou ou criou uma identidade negativa.Modismo besta ficar criticando tudo pra pagar de inteligente.

Cida Freire disse...

Quem brincou de roda jamais prestou atenção na letra, o que interessou foi estar junto dos amigos, de mãos dadas, entoando os versos o mais alto possível, articulando com a "coreografia". Brincar é o que interessou e interessa! E a brincadeira de roda é uma das que mais nos possibilitou ser mais solidários, respeitosos, amorosos...Não brincar é que é sério, violento! Sem falar que todo repertório que você abomina constitui um PATRIMÔNIO CULTURAL, nossa identidade, nossas memórias.

Cida Freire disse...

Quem brincou de roda jamais prestou atenção na letra, o que interessou foi estar junto dos amigos, de mãos dadas, entoando os versos o mais alto possível, articulando com a "coreografia". Brincar é o que interessou e interessa! E a brincadeira de roda é uma das que mais nos possibilitou ser mais solidários, respeitosos, amorosos...Não brincar é que é sério, violento! Sem falar que todo repertório que você abomina constitui um PATRIMÔNIO CULTURAL, nossa identidade, nossas memórias.

Nzungi a Nzila disse...

Sua mãe não deixava vc brincar na rua, ô dó kkkk

Unknown disse...

Dois apontamentos. Samba Lelê é uma mulher, escrava por sinal que realmente fora espancada na cabeça por sua dona. Samba era o nome dado as escravas com a função de servir(uma especie de garçonete). Como a dona a matou por ciume, acreditava mesmo que ela precisava de umas 18 palmadas. Nem havia UTI na época, mas a Samba Lelê morreu da pancada claro e seu corpo fora descartado na mata. Essa musica era uma forma da Fazendeira ameaçar as demais escravas que ousassem se engraçar com seu marido. É não mesmo coisa de se dizer pras crianças.

Outro ponto. A musica do Cai Cai balão é assim: Cai cai balão cai cai balão na rua do sabão, não cai não não cai não, não cai não, cai aqui na minha mão. Vem cá bidu vem cá bidu vem cá vem cá vem cá, não vou lá não vou lá não vou lá tenho medo de apanhar.

Luzia Cavalcanti disse...

Acho que estão com sintomas de esquizofrenia em fase delirante de mania de perseguição. As gerações que cantavam essas musicas não eram tão violentas qto as de hoje , cujos pais mimaram tanto . Acho que isso já está ficando ridículo . O que está faltando é Deus . Discordo dessas idiotices

Kelly Domi disse...

Se pararmos pra pensar as letras são horríveis e deprimentes, principalmente a da sama lelê q me fez chegar até aqui. Me diverti durante minha infância com as cantigas de roda, mas sinceramente, não ensinarei essas cantigas deprimentes para meu filhos. Os tempos são outros e cabe a nós fazermos escolhas melhores! ☺️

Unknown disse...

Gostei. Ótima resposta

Renatos disse...

Cresci escutando essas canções e não me tornei um assassino nem um criminoso, esse post fede ao preconceito, o mundo hoje só sabe criticar e falar mal dos outros. O que tornará o seu filho um criminoso e/ou violento é a vossa criação e não canções como essas. Amo a Portugal e os Portugueses mas posts como esses são muito triste.

Unknown disse...

Sua intenção é boa porém sua ignorância é descabida, por exemplo samba lele foi uma escrava muito bonita que foi assassinada por sua dita senhora por ciúmes, e enterrada na floresta, depois a mesma ficava cantando isso para os demais escravos como uma ameaça.
Além de um vocabulário pra lá de chulo, algo inadequado para quem diz preocupar com crianças.

Anônimo disse...

"O coitado do gato levou uma traulitada no meio da fuça e saiu moribundo, se arrastando pelo beco sujo cagando sangue, por causa da volumosahemorragia interna causada pela paulada covarde que levou de vagabundo" kkkkkkkkkkk muito booom!!!

Luana disse...

Nunca li tanta bobagem de uma só vez. Aff...

Unknown disse...

O ponto seria bem mais bem exposto sem toda essa ignorancia. Mas sim, musicas "culturais" para criança são horríveis.

Outros exemplos:
Boi da cara preta
Dorme nenê que a Cuca vem pegar

E nem vou falar de marchinhas de carnaval...

Unknown disse...

Perfeito.

Unknown disse...

Preciso acreditar que este texto é irônico... pra chamar brincadeira de roda de "inútil", tem que ser irônico mesmo.

Lucas Sebastião de Almeida Castro disse...

Este texto nam é sério, é? Se nam fôr, parabéns: ri à beça.

Unknown disse...

Agora eu tenho certeza que a música da canoa viro. Pq eu cuido de uma senhora que tem alzheimer, e ela acordo no meio da noite e começo a canta essa muisca, luga dela tira ela dizia jogar. Passou 3min cantando E volto a dormir novamente.

Unknown disse...

Nossa nunca tinha visto tanta besteira de uma vez só.cresci brincando com essas músicas e hoje sou uma defensora da natureza. Comentário sem noção

MaLe disse...

Cresci ouvindo essas canções de rodas, e nem por isso me tornei violento, cruéis com os animais, racista ou algo que faz com que simples musicas inocentes como essas mexam com a minha consciência ou modo de pensar. Algo muito pior que devemos nos preocupar é essas porcarias de FUNK, que alem de exaltar a violência, fazendo apologia ao crime e ainda por cima rebaixa as mulheres ao extremo. Isso sim é algo com que devemos nos importar, e não com essas canções de rodas. PRONTO FALEI!!!

Unknown disse...

Só Jesus! As músicas são realmente sem sentindo e mensagens subliminares, porem são lindas músicas se comparada as atuais músicas que as crianças ouvem atualmente (funk, arrocha, sertanejo universitário, hip hop). Nota: o senhor autor da redação exagerou demais nos palavrões.

Rogério Salles disse...

Realmente são músicas que demonstram a violência e escravidão da época.

Unknown disse...

Interpretação depende da visão que cada um tem da realidade.Cresci brincando de roda com essas ditas e citadas canções, não causei nenhum dano social a ninguém em função das cantigas de roda.Temos muitas realidades bizarras que nossas crianças estão vendo diariamente dentro de casa e os pais não estão nem aí, perto dessas cantigas se compara a fotos brincando com ratos.Não estou defendendo o mal sublimado das cantingas afirmo que por ouvi-las, minha geração não matava os gatos, e outras coisas mais.Vamos ocupar nossas mentes desejando o bem e ensinando solidariedade aos nossos filhos e netos através de nossas ações.Quanto ao autor, se ele defende ética, aconselho
começar por uma escrita mais limpa, menos pejorativa. ,

Unknown disse...

Que revolta é essa? Vc não viveu sua infãncia e por tá revoltado? São apenas cantigas infantis. Quem vê maldade nelas são os adultos e não as crianças.

Unknown disse...

O autor trás uma narrativa de um período POLÍTICO social, englobar Portugal Brasil. Na sociedade contemporânea moderna nem cantiga de ninar, de roda se cria, mas que as CRIANÇAS ESTÃO sendo violentada de várias maneiras isso sim , quereis pontuar.

Unknown disse...

Uma sugestão quê deveria constar há tempo em livro didático, redação,gramática e literatura da Língua portuguesa;

Unknown disse...

Como eu vim parar aqui!? Kkkkkkk

O conhecimento liberta disse...

Muito bom, parabéns.
O conhecimento não é para todos.
A bíblia diz: conheceres a verdade é a verdade vós LIBERTARÁ.

Corrija um sábio e ele será mais sábio, corrija um tolo e ele lhe fará seu inimigo

Unknown disse...

Não vejo nada demais eu não me conformo com esse mimimi pra que isso essas cantigas fazem parte da nossa cultura deveria ter em todas escolas do ensino fundamental faz parte da cultura brasileira tão bem explorada pelo grandioso Heitor Villa Lobos

Anônimo disse...

Pois é... uns contra e outros a favor. Quando todos estiverem contra estarei sozinho a favor, ou o contrário. Na verdade tudo não passou do que fazer...

andhiel disse...

Gostei da análise, mas achei o autor muito escroto no vocabulario

andhiel disse...

Além do que na atualidade há muita coisa grotesca por ai que chamam de cultura . Entao ainda prefiro as cantigas e roda .

Gata disse...

Exagerou pouco? Nossa o comentário deles foi grotesco. E irrelevante

Gata disse...

Se as cantigas sao ruins, o comentário é imortal e desnecessário

Help disse...

Acho desnecessário todo esse mimizeiro, meus filhos brincaram de roda ouvindo essas músicas, nenhum se tornou bandido ou assassino.

Unknown disse...

Engraçado ver como a cultura brasileira mudou ao longo da última década, no começo eram pessoas apoiando o criador do choro e nos comentários mais recentes, desta década, pessoas criticando o mesmo. Enfim, são só músicas criadas por negros que se misturaram com a cultura europeia como em tantos e tantos casos isso aconteceu. O autor do texto é um chorão frustrado e na sua escrita isso fica explicito, cheio de ódio. Um grande foda-se pra você de 2011 diretamente de 2023.

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