Um dia, na floresta, uma preguiça acordou após um longo sono e, agarrada a sua árvore, disse em voz alta: "Caralho, que vontade de dormir!" E continuou a hibernar por mais um mês inteiro.
Passados trinta, trinta e um dias, a preguiça acordou de novo e logo notou que tinha mudado a estação. Feliz com esse fato ela falou bem alto: "Primavera! Puta que pariu minha sogra!! Já estava na hora! Isso é coisa das fadas da floresta! Botaram para fuder!"
Após proferir essa sentença o bicho caiu mais uma vez em sono profundo. Imediatamente despencou uma tempestade monstruosa que fez com que a floresta fosse inundada em minutos. A preguiça acordou com água pelos joelhos e meio assustada proferiu: "Malditos sejam as fadas elementais! Inundaram a porra da floresta! Filhas da puta!"
Então a preguiça já bastante encharcada se agarrou firmemente a um galho que boiava e falou: "Vão tomar na bunda! Não solto dessa merda aqui nem fudendo! Pode chover o quanto quiser! Fodam-se, piranhas de merda!" Dito isso, um poderoso vagalhão veio e abalroou preguiça, galho e tudo o que tinha direito.
A preguiça agora solta em um redemoinho em formação e tentando se manter na superfície, meio afogada e ainda sonolenta, viu surgir, do nada, uma garbosa fadinha com chapéu de cone e vestidinho rosa, toda sorridente. Esta logo disse com sua vozinha aguda de criatura minúscula:
" - Preguiçinha, ó preguiçinha, você blasfemou contra nós, as fadinhas elementais da floresta! Mesmo assim eu fui enviada para salvar sua preciosa vida!"
O pobre animal estava quase sendo levado pela rica correnteza, respondeu:
" - Puxa, que bom! Aí, como é que tu chama, minha filha?"
A fada, surpresa e alegre pelo imediato interesse de sua interlocutora, respondeu:
" - Santoro!" E, afoita, insistiu: " - Vamos, preguiçinha danada, peça desculpas pela sua blasfêmia e eu a salvarei agorinha mesmo!"
Rapidamente, a preguiça gesticulou chamando a fada mais para perto de si e mandou:
"- EI, FADA FILA DA PUTA, VAI TOMAR NO MEIO DO SEU CU, PORRA!!!"
A fadinha, ruborizada, desapareceu num passe de mágica, enquanto a preguiça foi tragada pela correnteza.
MORAL DA HISTÓRIA: Toda preguiça desbocada deveria andar com um colete salva-vidas.
Adolar Gangorra é editor do periódico humorístico Os Reis da Gambiarra e é autor do livro infantil "Fada-se!"
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2 comentários:
Uahahaha. Insanidade total. Muito bom...
Preguiça filha da puta!
Muahauhauahauha. Santa Fusão Quântica, muito bom, show de texto. Vou transcrevê-lo em meu blog.
Amplexos.
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