Há muito tempo, nos Reino dos Ardauzes, havia um coelhinho de nome Lólis que dividia sua toca com um marreco chamado Valtencir. Ambos viviam satisfeitos da vida, pois trabalham no palácio do Rei. Lólis era farmacêutico enquanto o marreco o auxiliava em meio período. Os dois eram servos da princesa Prisqüila, a herdeira do trono.Certo dia, Prisqüila notou que sua caixa de jóias havia sumido. Desesperada, a princesinha pôs imediatamente a boca no trombone. Então, todos os empregados do palácio foram convocados para esclarecer tal mistério.
Lólis ficou muito triste com o acontecido, assim como Valtencir, o marreco. O primeiro, por gostar muito da princesa e por não imaginar que pudesse existir um ladrão sequer em todo o Ardauzes. O segundo, por gostar mais ainda da caixa da princesinha e por não ter onde esconder aquela merda. Sendo assim, Valtencir aventou a possibilidade de estar ligeiramente fudido, já que, não tendo opção melhor, havia mocozado a caixa de jóias na toca do coelho e que, logo, logo, alguém iria descobrir seu feito. E por não ser de dar mole à Kojak, resolveu armar uma xavecada das mais ignorantes, o mais rápido possível.
Mais tarde, todos já estavam no palácio real para serem argüidos pelo pai da princesa, o monarca Jofremps, que, puto dentro das calças, perguntou:
- " Quem, dentre vocês, cometeu esse ato tão vil? "
Imediatamente, o chefe da guarda, o macaco Nilvando Clarabóia gritou:
- " Foi o Lólis! Foi o Lólis! Coelho filho da puta! Eu vi! Foi ele! Pega o safado! Ladrão! Foi ele que eu vi! "
O coelho quase morreu, tamanho o susto causado por tão absurda calúnia e também pelo incrível número de raquetapas que levou de seus companheiros de trabalho que, àquela altura, estavam felicíssimos por já terem achado um culpado tão rapidamente.
A princesa, sendo dona de um grande coração, pediu ao seu pai que mandasse prender e torturar o coelhinho Lólis para que ele revelasse onde estava o diabo da caixa. Tal empreendimento, entretanto seria deveras trabalhoso, já que o verdadeiro conhecedor da resposta, o marreco Valtencir, fugira há um dia para o reino vizinho de Lemalemo, não sem antes vender as jóias da princesa e subornar o cagüete do Clarabóia com um cacho de banana-nanica.
Moral da História: nunca pense em dar conversa para um marreco.
Adolar Gangorra, 87 anos, é editor do periódico humorístico Os Reis da Gambiarra e sempre achou que a Branca de Neve fosse a empregada doméstica dos sete anões.
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