Ah, você acha que não tem preconceito com os habitantes de outros estados? Vá
lá que você seja um brasileiro BEM acima da média: se considera justo, aberto e
nunca julga ninguém (rá!). Mas espera um pouco: é só você entrar em algum
conflito com qualquer um deles que alguma coisa bem pejorativa vai pintar na
sua cabecinha quente na mesma hora.
Não acredita, né? Então, você é à prova de ESTEREÓTIPOS, é isso?
Bom, o conceito de estereótipo social foi popularizado em pelo escritor
norte-americano Walter Lippmann na década de 20. É bastante confundido
com preconceito, uma vez que o estereótipo acaba se convertendo em
rótulos, muitas vezes pejorativos, e causando um grande impacto negativo em
geral.
Também porque é uma
noção preconcebida e muitas vezes automática, que é incutida no subconsciente
pela sociedade (hummm, conversa meio mole, hein...?). Tá, mas como diabos ela é
"incutida"? Que forças fazem um estereótipo se tornar de conhecimento
geral sem aparecer no Jornal Nacional toda semana? Ou alguém já viu o Cid
Moreira anunciar algo como " Recorde! Em Salvador um suco de laranja foi
entregue ao cliente em menos de 7 horas!"
Mas, concomitantemente a isso, há a cultura de cada região.
Comportamentos, hábitos e noções coletivas que existem, sejam eles positivos ou
negativos. E o pior: mesmo não se dando em 100% - matematicamente isso seria
impossível -, em algum grau eles ocorrem mesmo, não há como negar.
Os neuróticos do politicamente correto vão choramingar que todos os
rótulos são frutos exclusivos do preconceito e pronto. Entretanto, o paisano
médio acredita neles na boa, sem pensar muito nisso. Mas não haveria um meio
termo entre essas duas correntes? E o mais importante: por que o estereótipo
negativo se propaga exponencialmente como gonorreia em garimpo e o positivo
(sim, ele existe!) não repercute além de um espirro de uma muriçoca? Por que
não se divulga mais que o Nordestino é super acolhedor e caloroso? Que o
carioca tem um senso de humor extraordinário? Que o gaúcho adora escovar os
dentes com a piroca de porteiro de manhã?
É muito doido pensar como essas ideias preconcebidas foram com o tempo
sendo viralizadas e se tornaram um padrão em todo país. Ainda mais, como já
disse, por serem equivocadas pois é IMPOSSÍVEL rotular milhões de seres com o
mesmo comportamento. Afinal, ninguém é formiga, né? (Exceto uma jogadora da
Seleção Feminina de Futebol com o apelido escroto... Se bem que Formiga perto
da "Michael Jackson" é até legal...)
Mas vamos lá: logo
abaixo, temos uma lista de estereótipos famosos sobre os habitantes dos estados
do Brasil:
Região Sudeste
Carioca - Vagabundo, Malandro e Maconheiro.
Paulista - Neurótico por Trabalho e Bobão.
Mineiro - Falso, Desconfiado, Come-Quieto, Solidário Só no Câncer, etc.
Capixaba - Quem se Importa?
Região Norte
Amazonense - Índio
Paraense - Índio
Amapá, Roraima, Acre e Rondônia - Dá de brinde essa merda toda de volta
pros vizinhos que não faz falta nenhuma.
Região Nordeste
Nordestino - Pobre, Reclamão e Chato ("O nordestino é, antes de
tudo um chato!" ).
Nessa região destacam-se o Baiano (Preguiçoso, Indolente e Macumbeiro) e
o Cearense (Cabeça Chata, Porteiro e Assassino de Peixeira). Os habitantes
de todos dos outros estados dessa região são chamados genericamente de
"Paraíba" no Rio de Janeiro.
Região Centro-Oeste
Brasiliense - Corrupto e Ladrão.
Goiano - Grosso e Comedor de Césio.
Mato-Grossense - Vaqueiro.
Sul Mato-Grossense - Vaqueiro.
Tocantinense - Mesma bosta.
Região Sul
Paranaense - Babaca.
Catarinense- De Florianópolis: Jacu com Praia. Do Interior: Jacu com
Suástica.
Gaúcho - Bicha, Separatista e Nazista.
Feião, né? Ok, você
supostamente achou todos horrorosos e hediondos e rejeitou-os veementemente
franzindo a testa e fazendo um biquinho.
Mas eu apostaria que você se ofendeu mesmo quando leu o estereótipo
negativo do SEU estado de origem ou de alguém da sua família, em segundo plano.
É assim mesmo, meu chapa. Tá dentro de nós por mais que achemos que não.
Bem, se você bateu o pezinho e
ainda não concordou com nada e insiste em não acreditar em estereótipos de modo
algum, vou deixar somente uma palavra para você: ARGENTINOS.
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Entendeu agora o que eu quero dizer, bicho? : )
Adolar
Gangorra tem 81 anos, é editor do site www.adolargangorra.com.br e acha que velho bom é velho morto.